POETA

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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

VIETNAMITAS UM POEMA PARA CONTAR



Diz-se que recordar é viver
e é certo que assim é
 
Alegrias e tristezas, tudo porém trás,
quem viu e assitiu
a essa onda de gente a Macau aportar
 
Seu coração se oprimiu
na esperança de os ajudar!...
 
Foi assim, que certa manhã
um telefonema recebi,
era o Padre Nicósia a comunicar
que perto da Leprosaria de Ká Ho
pessoas estavam a desembarcar
 
Sóinho para lá segui
e ao ver aquela gente
meu coração chorou!...
 
Homens, mulheres e crianças
acabados de chegar
num barco que ao mar os deitou,
eram vietnamitas e à costa vieram dar.
Foi o começo de um longo exôdo.
 
Pela primeira vez vietnamitas
a Macau vieram parar
um grupo de vinte e três
antigas patentes militares e famílias
 
O Governo de Macau ajudou,
para outros países enviar,
dezenas, centenas e até milhares
das embarcações
que a Macau vieram aportar
 
Era tanta, tanta gente,
que não havia mais lugar
para as alojar.
 
Ilha Verde estava cheia
S. Rafael a abarrotar,
em Ká Ho barracas cheias
sem espaço para as albergar
 
A tudo isto a ONU e seu Alto Comissário
em Macau, Padre Lancelote
tudo fazim para ajudar
 
Outros locais se procuraram
para vietnamitas alojar,
mas eram tantos, tantos, tantos
que no mar, junto à ponte cais  da Taipa
tiveram que ficar!...
 
Foram anos de auxílio,
a esse povo carente
e Macau económicamente se resentiu
visto ter que igualmente sua população ajudar,
que pagando suportava esse povo carente
sendo um auxílio exemplar.
 
Mas, um dia chegou,
que o Governo decretou
Esse auxílio terminar,
foi então que recusou
vietnamitas a ficar.
 
Novas levas vinham chegando
para em Macau tentar ficar,
porém, agora era diferente
e toda essa pobre gente
para o alto mar teria que rumar.
 
Tivemos que começar
essa triste missão
rebocando os barcos para o alto mar
com tristeza no coração
 
Tristes porém partiam,
vedetas que os acompanhavam
água, gasóleo e comida lhes davam
e, devagar os rebocando
as serenas águas iam sulcando
até às próximidades de Hong Kong chegar.
 
Barcos pequenos e grandes,
sampanas e alcofas tudo servia
para do Vietname sair
 
A fim de a liberdade encontrar
pagavam a peso de ouro
para as autoridades subornar
 
No alto mar eram roubados
e de tudo despojados,
muitos haviam de morrer,
nas costas da Malásia metralhados
 
Para chegarem ao destino,
muito tiveram que penar,
foram centenas de milhares
que conseguiram sobreviver
e a Macau aportar
Terra Santa acolhedora
que sempre os soube ajudar
 
Tragédias muitas houvera,
e muito teria que contar!...
mas, um dia tudo mudou
 
Não mais Vietnamitas em Macau
Hong Kong passou a ser
o cento principal
e anos passaram em campos de refugiados
aguardando seu retorno, para o Vietname
 
No Museu Marítimo de Macau
frageis embarcações podemos visionar
e muitas delas tem a sua história para contar.
 
 
 
 
 


terça-feira, 27 de março de 2012

SAUDADES NO CAIS AS DEIXEI

                              Saudades no cais as deixei






Saudades no cais deixei
ficando assim aliviado,
esqueci quem tanto amei
jamais serei atraiçoado.

O mar, esse sei que é traiçoeiro,
mas a ele estou habituado,
o tenho por amigo e companheiro
sei que dele sou sempre amado.

Suas águas vou percorrendo,
as marés as vou contando
e aos poucos envelhecendo
mas dele sempre gostando.

Neste mar imenso e salgado
suas águas vou sulcando
tendo o leme bem calibrado
minhas mágoas vou soltando.

Tenho o mar e o céu por companhia.
à noite as estrelas cou comtemlando
e o sol que raia de dia
esses me vão acompanhando.

Vivo um pouco na solidão
não tenho com que falar,
fortalece meu coração
tenho Deus para me ajudar.

O rumo nunca perdi
com o norte sempre atinei,
foi nele que sempre vivi
e nele sempre estarei.

É sempre bom conselheiro
para quem com ele souber falar,
ele é bom é fiel companheiro
que sempre nos sabe amar.

Meu rumo está destinado,
ao longe o cais já avisto,
a ele ficarei amarrado
nesta viagem, tudo está previsto.

O mar, este, agora de berço me serve,
depois será minha sepultura,
minhas cinzas ele conserve
quando chegar a altura.


Depois, para sempre nele repousarei,
findarão as minhas mágoas
e eternamente navegarei
em suas serenas águas.

Outros máres outros oceanos
irei então encontrar,
findam assim os desenganos
a quem na vida tanto soube amar.

















A INVEJA




A inveja é um sentimento de aversão,
um dos 7 pecados mortais
é uma reactiva formação
contra os mais fortes e os demais

É um sentimento gerado
Pela soberba e pelo egocentrismo
com um fim acorvardado
de disputa do poder pelo canalhismo

os atributos dos outros almejando
já que só por si o não conseguem
por sua intelectualidade os estar limitando
e a invenja para eles convergem

É uma vontade frustrada
de possuir as qualidades de um outro ser,
sendo cobiçada e muitas vezes tirada
inveja é invidere, não ver

o invejoso, não suporta
que outrem seja melhor,
e então assim se comporta
mostando sua indole no seu pior

Temos que ser talvez mediocres
visto que, cada bela impressão que causamos
perdemos as nossas virtudes,
e novos inimigos conquistamos

Quão doce é o louvor e a justa glória
Dos próprios feitos, quando são soados!
Qualquer nobre trabalha que em memória
Vença ou iguale os grandes já passados.

As invejas da ilustre e alheia história
Fazem mil vezes feitos sublimados.
Quem valerosas obras exercita,
Louvor alheio muito esperta e incita.



(Lusíadas, Canto V,92)





terça-feira, 17 de janeiro de 2012

sábado, 7 de janeiro de 2012





Fé (do grego: pistia e do latim: Fides) é a firme convicção
de que algo seja verdade,
sem nenhuma prova absoluta eis a razâo,
pela qual a fé é uma realidade

A fé se relaciona de maneira unilateral
Ter fé, é nutrir um sentimento de afeiçâo
É apostar, confiar e acreditar
Nos sentimentos emanados do coraçâo

É nutrir esse sentimento
Em relação a uma pessoa,
Uma ideologia, um pensamento
Uma crença, uma acção boa

A Fé não se baseia em evidências físicas
E por várias maneiras poderá estar vinculada
Emocionais ou miticas
Que à religiâo poderá estar ligada

Na Bíblia, a palavra fé transmite persuasão
Ideia fidúcia de confiança
De realidades não vistas, uma convicção
Que garante a base de esperança

A Fé em Jesus Cristo é a graça da salvação
Muitos Hindus, Cristãos, Muçulmanos e Judeus
Vêem nessa Fé a revelação
E todos eles, independentemete da religião, têm fé em Deus


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

HISTÓRIA


De um coração que auscultei com a minha mão direita,
não me esqueci,
guardo a lembrança perfeita!
AAinda seguro o seu ritmo,
e o som é como o bater de asas de um pássaro
no alçapão da memória...
Com o dono desse coração,
tenho muita história.

Poema de Euna Britto de Oliveira