POETA

POETA

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

JÁ ENTROU O NOVO ANO








Haja paz, haja alegria,
Já começou um ano novo,
Haja muita poesia
Na alma do nosso povo.

Desde o Sul até ao Norte
Vamos todos caminhar
Por essa estrada da sorte
Doze meses sem parar.

Tenho plena convicção
Que este ano dois mil e oito
Não terá para a Nação
O sabor de um biscoito.

Não sustentem ideias falsas
Porque eu, até pressinto,
Para não perder as calças
Temos que apertar o cinto.

Cada vez mais baralhado
O povo até se acostuma
Mas o Zé, esse coitado,
Não acha graça nenhuma.

Ao Cantinho da Poesia
Mando a minha saudação,
Doze meses de alegria,
Muito amor no coração.

Mesmo que o ano seja rude
E nos traga algum transtorno,
Que Deus nos dê muita saúde
Alegria... e coza o forno

RAMA LYON

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ÁNO VÊLO, ÁNO NÔVO




Unga áno intremente ta sai,
Lôgomente otrunga ta goelá.
Áno vêlo tá virá costa vai,
Áno nôvo qui azinha ta intrá.

Vida azinha-azinha corê,
Sã dia co mêz ligéro passá.
Gente antigo, susto di morê,
Pensá qui Mundo ta perto cavá.

Pôde vai co diabo, bicho traquino,
Áno oitênta quatro savanado.
Lembrá rabixá um-cento mufino
Pa azinha aguá co vôs juntado.

Olá êle batê asa aguá,
Nôs sintí qui mundo nádi saiám;
Tudo pauchong qui gente lô quimá,
Sã pa mundo nom têm consumiçám

Quim tá ánsia vai savaná azar,
Quim ta sacudi vento-suzo mau;
Ancuza galado, pinchá na mar,
Pa tirá saván di nôsso Macau

Áno vêlo, vôs bêm di buliçoso,
Já buli co nôs na estunga vânda.
Vôs já ficá unchindo mapeçoso,
Sã merecê Chaca-sa sarabânda.

Calistro, ispalhá fome na mundo,
Trazê qui tânto lágri di margura.
Esperánça di bom dia já vai fundo,
Inguiçado pa um-cento diabura.

Qui di ódio crecê na coraçám
Di gente qui vivo dizesperado
Na unga mundo fêto di vilám,
Co assi tánto pobre iscravizado.

Nhu-nhum ta rico querê más riquéza,
Nom-têm fim de olá saco inchido.
Gente pobre sã morê na pobrêza,
Cavá passá su vida consumido.

Tánto inocente onçôm pagá
Pecado di nhu-nhum dismazelado.
Qui vêlo, qui quiança já definhá,
Na casa-casa qui nom-têm telado.

Áno nôvo, lembrá trazê bom vento
Pa pôde suprá mufinaze vai.
Nunca-bom intrá co pê azarento,
Pa fazê mundo tropeçá pê cai.

Vêm co paz pa nôsso gente sofrido;
Pa quim fome, ne-bom isquecê pám,
Vêm co frescura di jardim florido,
Vêm co amôr pa tudo coraçâm.

Pa tud'alma qui ta vivo na treva,
Sandê unchinho di luz pa lumiá.
Pa tudo coraçám qui sã ta reva,
Vêm passá páno mimoso limpá.

Co graça di Céu, vôs vêm raganhado,
Pa ispaliá amôr, paz co bondade.
Vêm filiz, ficá justo, abençoado,
Pa tudo coraçám di bô vontade

- Poema em Pátua de José Ferreira dos Santos

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

NATAL SINGULAR




Na plenitude dos tempos
Maria
concebeu o inconcebível
à mente humana!
Em seu ventre virgem
O Deus de todos os mundos e universos
desceu
tomando forma real
plena, no homem que criou e formou
à sua própria imagem.
História inexplicável à finitude
de nossas mentes tão limitadas!...

A Santidade e Amor.
Causas primárias nos Céus
de alcance universal.
Arquitectou e planeou o impensável.
Deus filho
em oferta voluntária.
Despojado de Sua Glória
vem.
Em entrega total de obediência sublime
para a reconstrução do Homem
à sua posição inicial
a que O Senhor o votou.
De comunhão intima com Deus.
E Sua própria imagem

Estrelas cantaram unidas
Cânticos de júbilo
Na revelação de
Sabedoria e Amor Celestial
à Terra!

Anjos santos de coral glorioso
Entoaram, qual diapasão harmónico,
Orquestral.
A sinfonia de Paz aos homens.
Ao coração angustiado, perturbado
pela quebra da sintonia
Deus e Homem.
no Éden.

O Paraíso perdido
estava agora ao alcance.
Acessível a todas as gentes
que se interrogam na busca da satisfação
ao seu vazio interior.

- A Luz.
- A Vida.
- O Amor.
Corporizou-se... Deus em Seu filho Jesus Cristo,
chegou e realizou tudo quanto
em sua soberana vontade
planeada antes de todos os tempos...
Já havia efectuado.
Na plenitude de nova dispensação.
"Deus enviou seu Filho nascido de mulher"
a fim de remir do mal
e recebermos a adopção de filhos.
Aquele que O aceitar
Sem discriminação! Qualquer!...

Depois
O Céu desceu, ficou tão perto
que se pode tocar e agarrar pela fé
Quando o Deus - conosco - Emanuel.
No Seu Natal singular
veio no poder do Espírito Santo
e cada coração que O ama
e recebe, para sempre...
Ficar

Poema este extraído do livro JARDIM REGADO da poetisa Cremilde Cambeta, que no Reino dos Céus e junto de Desus estará.








O articulista, em Macau, junto a um presépio junto de sua residência.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL








Desejo todos os leitores desta parco blog, que passem um Santo e Feliz Natal, que o Novo Ano vos traga as maiores venturas, paz e amor.






PAZ






Às vezes, tantas são as portas fechadas,
tão obscuros os caminhos,
que só por obediência é que vivo.
E quando consigo avançar,
se me perguntam onde estive,
respondo que estive crescendo...



Vivências aduaneiras,
cores mal combinadas,
abraços duros,
ódios maduros,
cacos de vidro nos muros,
lanço tudo no claro,
no saco plástico do avião,
na ponta da cruz suástica,
que vai rodar até virar hélice!...
E me contratar para o contrário de guerra.



Um dia, o homem vai saber
passar tudo de bom para o outro,
só com os olhos!



À minha estimada Amiga e Ilustre Poetisa EUNA BRITTO DE OLIVEIRA, o meu muito obrigado, pela sua gentileza e carinho e me ter ofertado seu maravilhoso livro de poemas "TRILHOS" do qual copilei este belo poema sobre a Paz.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

REFLEXÃO


É sobre as águas do mar serenas
que refletimos e choramos
aliviando as nossas penas
sobre tudo o que amamos
É a vóz triste que sentimos
quando só nos encontramos
é o amor pelo qual nos iludimos
na terra que abandonamos