Quando criança, eu tinha um sonho recorrente:
Uma bola grande, não maior do que eu,
Escura, com aspecto de compacta e pesada,
Rolava, declive abaixo, em minha direção!
Estou vendo a cena!...
Eu não gostava de sonhar com ela,
Mas não se tem controle sobre os sonhos...
Ameaçadora, ela massacrava a paz do meu sono.
Tinha cor de chumbo, de asfalto novo, de pneu,
Mas nunca me lembrou um pneu,
A não ser agora, quando associo as cores...
Há coisas que tememos
E jamais acontecem!...
A bola não me alcançou!
Deus não deixa, Nunca deixou!
Euna de Oliveira
Sem comentários:
Enviar um comentário