Respirando fundo,
absorvo o aroma
das flores,
fecho os olhos
para melhor pensar
para dentro de
mim olhar,
imagino ter uma
flor em minha mão,
e ouço o esvoaçar
das libelinhas.
Sinto uma paz
interior imensa
e sereno me
sinto.
Minha cabeça
parece flutuar
nesse imenso mar,
e sinto suas
águas enchendo meu olhos,
que, como
enorrmes cascatas
as rebeldes águas
vão brotando.
Vejo então as
nuvens
esconderem-se em
meus rebeldes cabelos,
e de olhos
fechados continuando,
vejo o sol
querer-me queimar
e uma luz intensa
me invade
toco na mãos,
estou vivo, sou real.
E de olhos
fechados
revejo a minha
infância
aquela que minha
mente não fixou,
vejo meus pais,
meus irmãos e
amigos
depois, como
magia desaparecem
e em seu lugar
fica uma enorme montanha
difícil de trepar
e eu, lá do cimo do cume
baixo-me e vejo o
verde vale.
Os olhos esses,
continuam fechados,
tristes mas
fortes, fixados no nada,
estão distraídos
mas confiantes,
depois dos meus
lábios, da minha boca,
me parece ouvir
as palavras que num dia
longuínquo por lá
sairam.
Sinto agora um
palpitar forte
em meu coração,
apertos sem fim.arrepiantes,
e de olhos
fechados,
lágrimas de
saudade escorrem pelo meu rosto
e sinto que muita
coisa por fazer está.
Tantas decisões
para tomar,
e de olhos
fechados tento descobrir
o mistério de
tanta imaginção
mas não atino,
não consigo
atinar o porquê!
Essa altura ainda
está por chegar.
Espero pelo tempo
certo e,
dentro de mim
sinto uma paz
que só comparo
quando nos Salesianos estava
e ouvia os
melodiosos cânticos onde Deus,
lá do alto me
via, me ajudava e dava amor.
E de olhos
fechados
penso em tudo e
nada,
abro os olhos e
aguardo receber
uma resposta do além...