POETA

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sexta-feira, 12 de março de 2010

INSTRUÇÃO


Pensava ir encontrar
uma coorporação a valer,
e boa intrução ie levar
por à Marinha pertencer.

A Polícia Marítima e Fiscal
muitas missões desempenhava,
tinha o seu trem naval
e mercadorias fiscalizava.

Os postos fronteiriços controlava
era mais uma da sua missão,
a orla maritima patrulhava
e os estaleiros e navios em construção.

Mas havia de falta de meios e coordenação
e instrução não nos foi ministrada,
tivémos sim o RDM na mão
e a lição estava ensinada.

Ordem unida essa fizémos,
andando uma horas a marchar
foi só isso o que soubemos
e nos postos agentes acompanhar.

Eu para o mar fui destacado
numa velha vedeta embarquei,
andei quase sempre enjoado
os dias que por lá passei.

Parca foi a aprendizagem
nada me sendo ensinado,
ao convéns fazia lavagem
a isso era obrigado.

De madrugada de quarto ficava
sózinho lá no convéns,
o pessoal esse dormitava
e eu vendo o luar e as marés

Uma semana por lá andei
muitos disparates cometi,
pois uma noite numa escotilha me senti
e os vidros então parti.

O patrão já chateado,
esse velho lobo do mar
não me quis mais embarcado
e eu ao Comandante foi contar.

Para o Posto Fiscal fui aprende
como se procedia à fiscalização,
mas deu logo para entender
não me querem dar formação.

Um agente de primeira acompanhava
vendo como procedia,
eu para ele só estrovava
vendo o dinheiro que recebia.

Findava assim a lição
e para lá não mais voltei,
foi esta a instrução
e segundo o comando preparado fiquei.

Se pouco ou nada sabia
nada mais fiquei a saber,
fui então para a secretaria
por do frete corrido entender.










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