POETA

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sábado, 13 de março de 2010

JORNAL MANOBRA

Mais uma vez, novo comadante a Macau chegou
e muitas coisas veio mudar
muita coisa ele alterou
pela sua forma de ser e de pensar.

De Portugal ele vinha
depois da revolução
outra mentalidade aberta ele tinha
e muita compreensão

Dizia ele em sua filosofia
ter que a corporação conhecer
era a ele que competia
desse modo proceder

Conselheiros da revolução
em Macau se encontravam
com novos ensimentos e muita confusão
de um digno oficial não gostavam

O governador precionado
pelos conselheiro da revolução
a esse distinto soldado
o teve que mandar para a prisão

O capitão do porto não gostou
desse modo do governador proceder
e então se rebeliou
e a essa ordem não quis obedecer

Debaixo dessa tensão
a anarquia reinava
o oficial na prisão
e a Marinha sem comando esta

Foi então a Marinha vigiada
vinte e quatro horas por dia
pela Psp e uma especial brigada
e do quartel ninguem saía

O governador com receio
aos agentes da Marinha foi falar
e fora do seu meio
lá se teve que explicar

Sanada a situação
capitão do porto e o distindo oficial
lá sairam da prisão
embarcando para Portugal

Foi então que se criou
na nossa corporação policial
um ilustrado jornal
fazendo ecos da situação.

Manobra foi assim chamado
e nele eu participei
tudo lá era narrado
muita verdade eu lá contei

Alguns anos ainda sobreviveu
até era recomendado
mas um dia então morreu
por ser bem censurado

Censura em Macau ainda havia
a liberdade não tinha chegado
não se podia dizer o que sentia
e tudo ficou acabado

Mas coisas então mudaram
por fim a liberdade chegou
e por ela ansiaram
por fim o comando mudou

O jornal esse nunca mais apareceu
e os folhetos publicados
foram para ao museu
lá ficando bem guardados.






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