POETA

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

DE OLHOS FECHADOS EU VEJO




De Olhos fechados eu vejo

Respirando fundo,
absorvo o aroma das flores,
fecho os olhos para melhor pensar
para dentro de mim olhar,
imagino ter uma flor em minha mão,
e ouço o esvoaçar das libelinhas.
Sinto uma paz interior imensa
e sereno me sinto.

Minha cabeça parece flutuar
nesse imenso mar,
e sinto suas águas enchendo meu olhos,
que, como enorrmes cascatas
as rebeldes águas vão brotando.

Vejo então as nuvens
esconderem-se em meus rebeldes cabelos,
e de olhos fechados continuando,
vejo o sol querer-me queimar
e uma luz intensa me invade
toco na mãos, estou vivo, sou real.

E de olhos fechados
revejo a minha infância
aquela que minha mente não fixou,
vejo meus pais,
meus irmãos e amigos
depois, como magia desaparecem
e em seu lugar fica uma enorme montanha
difil de trepar e eu, lá do cimo do cume
baixo-me e vejo o verde vale.

Os olhos esses, continuam fechados,
tristes mas fortes, fixados no nada,
estão distraídos mas confiantes,
depois dos meus lábios, da minha boca,
me parece ouvir as palavras que num dia
longuínquo por lá sairam.


Sinto agora um palpitar forte
em meu coração, apertos sem fim.
arrepiantes,e de olhos fechados,
lágrimas de saudade escorrem pelo meu rosto
e sinto que muita coisa por fazer está.

Tantas decisões para tomar,
e de olhos fechados tento descobrir
o mistério de tanta imaginção
mas não atino,
não consigo atinar o porquê!
Essa altura ainda está por chegar.

Espero pelo tempo certo e,
dentro de mim sinto uma paz
que só comparo quando nos Salesianos estava
e ouvia os melodiosos cânticos onde Deus,
lá do alto me via, me ajudava e dava amor.

E de olhos fechados
penso em tudo e nada,
abro os olhos e aguardo receber
uma resposta do além...

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