POETA

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

DORMEM OS HOMENS




Dormem os homens,
caem flores outonais
Serena a noite na montanha
avazia cheia de folhas e pétalas caídas
No céu de eleva a lua cheia,
e as aves perturbadas esvoaçam no espaço

O chilrear das aves, de quando em quando,
cortando o ruído mas mansas águas,
nos transforma como que em peixes dourados
tentando ultrapassar as pequenas cascatas
Azuis e limpidas são as águas desta ribeira,
que correndo acelaradas para o rio
por entre caminhos e veredas
entre as abas apertadas da montanha,
parecem nos quer dizer um adeus breve
Murmúrios de fazem ouvir por entre as rochas,
sob os pinheirais altaneiros, mas,
sempre tranquila segue seu rumo
banhando as rãs que saltindo de entre rama em rama,
num namoro quase perfeito,
e por entre juncos e canaviais
as águas cristalinas deste ribeiro segue seu rumo
fazendo-se reflectir nelas a minha imagem carcomida pelo tempo
Sempre gostei da liberdade dos campos,
da paz e do lazer, e agora,
sentado nesta humida rocha,
à beira do riacho,
me sinto sereno e me apetece aqui ficar para sempre,
vendo as limpidas águas e pensando
em tudo o que a natureza me rodeia

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